terça-feira, 9 de novembro de 2010

Teu Reinado

Como explicar para o resto da humanidade o que estou sentindo?
Como traduzir nestas tolas linhas, com estas palavras chulas o que cultivei em ti, o que plantaste em mim?...
Como querer que eles entendam essa imensidão?
A profundidade dos teus carinhos, a facilidade com que me tomas...
Como descrever o que para nós não tem explicação?!
Nada é preciso! Nem palavras, nem combinações. Tudo flui. Tudo tem seu tempo e não há o que ser controlado, não, nada disso é necessário.
Ouço os acordes. Vejo as cores. E de repente, estou de novo em ti. Por que essa força bruta é tão mística? Por que não consigo fugir e me esconder? O perigo ronda as sombras do desconhecido, e, enquanto isso, eu me arrisco mais e mais. Vou me aproximando e a curiosidade me toma. Preciso saber o que há atrás daquela porta. Tu abres a janela e vais deixando os raios de luz se aproximar... Eu, estática e muda, não decido se fico surda aquela verdade ou se mergulho nas tuas memórias. Vibro com aquele desabafo. Você não mudou! Você nunca mentiu, nem precisou mentir agora.
E se tudo que vivemos pôde ser retomado nestes instantes, porque o significado disso tem que ser banal?
E você prova que me conhecer melhor do que qualquer um...
Eu, alheia a segurança dos conselhos que dei a mim mesma antes de te encontrar, delicio-me com tua presença. Aquela confusão sumiu. Os “por quês” sem “porque” se esvaíram.
Tudo tão nítido. E dali em diante já não mais existe mundo. Tudo foi esquecido! As pessoas ao redor tornaram-se vultos indistintos. Bastaram-me tu e tuas reflexões. A plenitude me tomou. Nada mais me bastava além da tua aprovação.
Os labirintos tornaram-se retas.
As avenidas, ruelas; cidadelas em mim, no teu reinado.

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