quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Afogar-te dentro de mim!

Eu não queria deixar de te amar
Apenas queria deixar de respirar você
Queria deixar de sentir teu cheiro em cada suspiro que dou
Afogar-te dentro de mim
Banir-te das terras que tu habitaste
Queria não mais insistir na necessidade de tua presença
Queria submergir o meu amor
Ver-te descer as profundezas do esquecimento em meu coração
Vê-lo sumir
Estás escapando pelas pontas de meus dedos
E eu assisto-te desaparecer
Será mesmo que foste embora ou este é apenas mais um desejo meu?...
Por que ainda te ouço aqui?
Arrastando as tuas correntes no meu labirinto sem fim...
Ainda busco os teus lábios na noite azul
E os encontro sem esforço no manto de luz que envolve-nos
Enxergo na neblina fina, entre o luar e a imensidão da noite fria, os teus doces olhos
O que farei daquele carinho que guardei e só tu soubeste complementar?
Os teus doces olhos ali estão e me chamar...
E eu, o que direi a eles?
Que sinto saudades,
Que pertenço ao seu dono,
Que o quero de volta...
Ou talvez, se eu ainda tivesse um pouco de coerência, deveria atraí-los para aqui.
Inebriar-te de desejos, de beijos sem fim
E de uma vez por todas,
Afogá-lo dentro de mim!

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