terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Amarras


Eu ainda tenho amarras.
Ainda tem algo que me prende,
Eu só não sei dizer o quê...

Existe aquela nuvem, que passeia por sobre nossas cabeças,
e que não me deixa esquecer.
Uma dúvida que permeia,
Um silenciar sem fim.

E caminhamos.
Sem saber direito por onde.
O futuro?
Sei lá...
Talvez as cartas respondam.

Somos a coragem.
Somos fortes.
Nossos silêncios compartilhados nos enfraquecem.
Há tanto o que ser dito!
Mas, não é preciso.
Não é preciso.

Deixa assim.
Sem um começo certo.
Que o que é incerto, às vezes, nunca tem fim.



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Mil Horas


Você tem meia hora pra parar de me beijar
Você tem um segundo pra começar a me amar...
E eu adoro seu olhar aguçado
Seu jeito de brincar
Adoro tua voz rouca
Teu jeito de dizer “sei lá”.

Adoro a forma como me deixa louca
Vem para me perturbar
Me tirar do eixo
Me desajeitar

Mas, o que eu devo fazer?
O que posso fazer pra te lembrar?
Todos os que eu conheço
E aqueles que deixei de amar
Nenhum deles pode ocupar teu lugar.

Leve como o ar.
Tão doce é te amar.
Meu querubim
Deixa-me  te lembrar
O quão fácil é se apaixonar?
Segue-me, tenho asas curtas
Mas, sei por onde ir!

Abandona pelo caminho as pedras daquele alvorecer
Se entrega a mim, te farei renascer!
Os teus sonhos estão em mim.
Vem, meu querubim!
Agora só existem jardins.
Esquece o pranto e o deserto d’outrora.

Foi-se o vazio.
É finda a solidão!
Perde teus braços em mim
Que meus pés estarão perdidos em ti.