terça-feira, 19 de março de 2013

Saudade doentia

E eu sinto essas saudades doentias de você
Dessas de doer, dessas de enlouquecer
Vontade de gritar
De dizer que tudo está errado
Mandar refazer tudo
Voltar, deixar recado
Te chamar de amor
Dizer que amo
E em meio aos gritos,
Dizer que sou tua,
Que tudo está bem...
Passou!
Raiva de amar assim!
Ódio por não poder odiar.
Pára! Chega!
Vou embora.
Não posso ficar.



Bem querer

Eh...eu gosto de você!
Certo, não estamos juntos.
E não, não é preciso estar.
E daí se vai demorar?
Que me importa o tempo
se ainda tenho o gostar?

E lá se vai a razão...
Lá se foram os medos.
Cá ficaram apelos,
desejos insanos.
Passaram-se anos,
deitou-se meu querer
nos amarelos leitos do passado a glória
Foi-se nossa história naquele anoitecer.

Basta!
Enfadada de correções
Acuada por sugestões
parei de insurgir.
Noites mortas
Céus abertos
Tenho um canto a seguir


Saudade dilacerante

Uma saudade dilacerante...
Uma vontade de te ter por perto...
E um medo, um medo tão obsoleto de que essa tua presença me destrua.

Assim são os dias em que me lembro de ti, do que vivemos e do que nunca esteve por vir.

Não, não há mais lugar para "nós"!
Eu me perdi.
Eu te perdi em mim.
E já faz tanto tempo...que isso me assusta!
Já não tenho mais com quem dividir-me.
Não sou mais duas partes e, sim, um todo vazio.

Esquece! Esqueça-me!
Faz-se tão bem isso...
Eu ainda me lembro.
Ainda lembro de tudo o que eu gostaria de esquecer.
Lembro-me de cada sonho teu.
Das tuas risadas vivas.
Do teu receio juvenil.
Do brilho dos teus olhos a luz do pôr-do-sol.

Faz uma falta...
Faz falta te ver na varanda sussurrando músicas vãs.
Faz falta te ver censurando minha irritação.
Faz falta tuas meias verdades., tuas doces ilusões.
Faz falta meu medo de te perder em cada amanhecer.
O meu estômago revirado naqueles passos que me levavam ao teu encontro naquela xícara de café, naquela melodia assoviada...

Cada canto teu ainda vive aqui.
Perambulo por dentro de ti.
Do cheiro que deixaste nas partituras que não retornarão para seu dono.
Ouço fragmentar seus sons em mim!
Entardecer sem fim...

Conta! Conta-me o segredo que não podes dizer à ela.
Que te amar me dói, corrói, dilacera todos os dias...


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Amarras


Eu ainda tenho amarras.
Ainda tem algo que me prende,
Eu só não sei dizer o quê...

Existe aquela nuvem, que passeia por sobre nossas cabeças,
e que não me deixa esquecer.
Uma dúvida que permeia,
Um silenciar sem fim.

E caminhamos.
Sem saber direito por onde.
O futuro?
Sei lá...
Talvez as cartas respondam.

Somos a coragem.
Somos fortes.
Nossos silêncios compartilhados nos enfraquecem.
Há tanto o que ser dito!
Mas, não é preciso.
Não é preciso.

Deixa assim.
Sem um começo certo.
Que o que é incerto, às vezes, nunca tem fim.



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Mil Horas


Você tem meia hora pra parar de me beijar
Você tem um segundo pra começar a me amar...
E eu adoro seu olhar aguçado
Seu jeito de brincar
Adoro tua voz rouca
Teu jeito de dizer “sei lá”.

Adoro a forma como me deixa louca
Vem para me perturbar
Me tirar do eixo
Me desajeitar

Mas, o que eu devo fazer?
O que posso fazer pra te lembrar?
Todos os que eu conheço
E aqueles que deixei de amar
Nenhum deles pode ocupar teu lugar.

Leve como o ar.
Tão doce é te amar.
Meu querubim
Deixa-me  te lembrar
O quão fácil é se apaixonar?
Segue-me, tenho asas curtas
Mas, sei por onde ir!

Abandona pelo caminho as pedras daquele alvorecer
Se entrega a mim, te farei renascer!
Os teus sonhos estão em mim.
Vem, meu querubim!
Agora só existem jardins.
Esquece o pranto e o deserto d’outrora.

Foi-se o vazio.
É finda a solidão!
Perde teus braços em mim
Que meus pés estarão perdidos em ti.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Minha verdade sobre o amor



  • Por que procurar no outro à ti mesmo?
    Deveriamos procurar o complemento.
    É tudo encaixe, literalmente. É tão lógico!
    Se você continua procurando no outro você mesmo, acabará findo só.
    Porque nunca vai achar alguém igual à você.
     A outra pessoa, por diversas vezes, pode até fingir gostar das mesmas coisas q você ou tolerar as coisas das quais você gosta. Pra te agradar, pra te ver feliz... Porque quem gosta mesmo acaba agindo assim. Num primeiro momento. Mas, um dia a mascará cai. E acaba tudo em discussão, brigas terríveis.
     Quando decidimos dizer q amamos alguém, antes disso temos de pensar bem. Não no coração acelerado, na beleza daquela criatura, no bem que ela te faz, no tesão que você tem por ela... E, sim, se você gosta dela! DELA! Da pessoa dela.
    Se você gosta quando ela acorda e fica mal humorada por uns minutos.
    Se ela te faz rir e o jeito que ela te faz rir é único no mundo.
    Se o jeito como você briga com ela por uma besteirinha, não te incomoda ao ponto de querer terminar.
    Se o silêncio lado a lado é gostoso de estar.
    Se tudo isso, e todo o resto, te faz bem e não te causa incomodo algum, aí você diz um sonoro "eu te amo".
  • Essa é a verdade dos fatos: as pessoas se enganam. Fingem q está tudo bem, relevam demais e depois chamam de amor.
    Aí, quando o amor vem elas não sabem mais o que ele é.
    Sabe, eu já procurei.
    Já achei que havia encontrado.
    Já dei com os burros n'agua.
    Já me enganei umas trezentas vezes.
    Mentira! Foi beeeem menos que isso. Contudo, doeu tanto quanto.
    E a verdade, é que só depois de uma certa idade, de muito chão, e de várias surras da vida é que tomamos consciência disso; do que realmente precisamos. Na realidade, o amor mesmo é sinônimo de paz.
    É ter alegria, extâse, felicidade sem fronteiras, tesão, loucura mas, tudo numa medidinha que cabe na palma da mão. A palma das mãos de quem retem essa felicidade.
    E é algo tão precioso para sair distribuindo por aí, que a gente confunde e acaba desperdiçando.
    Aí, o coração vai ficando rígido, casca grossa, cansado...um dia...morremos de enfarto.
    Não por não ter amado.
    Mas, por amar do jeito errado. Sim, existe jeito errado de amar. O jeito fútil e intolerável de usar o amor.


    Muito amor, amor de verdade, à todos em 2013!



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Encruzilhadas da Vida

Eu nunca (nunca mesmo!) imaginei estar em determinadas situações.Sempre tive (quase) tudo ao meu alcance. Sempre foi fácil e seguro viver. Eu sempre tive o domínio do próximo passo. Agora, olhar para frente e não encontrar respostas exatas não me deixa apenas insegura, sinto-me completamente perdida. Há momentos em que não me reconheço no espelho. As frases que já disse à outrem num passado recente não fazem mais sentido., e não se aplicam nessas circunstâncias.

 O que mais falta é o controle da situação. Mais que isso... Sinto falta mesmo é de ter paz. De colocar a cabeça no travesseiro e não ter preocupações tão pesadas de se carregar. Não sei como consigo dormir. Se é que se pode chamar de sono o que venho "usufluindo". Se fossem problemas alheios... Ou se dependesse de mim... Tão mais fácil era ser criança e ter mãe e pai para resolver tudo. Bem sei que essa é mais uma daquelas lições essenciais que estou aprendendo. Contudo, não dava pra deixar ao menos meu sono em paz? Qual é?! Ele é o que mais amo em mim! AMO, amo, amo dormir! Não fui feita para pesadelos. E logo agora que tenho tantas obrigações...

 Se fosse falta de grana... Sou bonita, tenho boa aparência, inteligente, culta, simpática e com um poder de persuassão de fazer inveja. Emprego não é difícil de conseguir. Ainda mais com o natal batendo a porta. Falta faz é ter colo! Ah, o colo dos amigos... O ombro de quem ama de verdade. O olhar apaziguador de quem só deseja o bem. A falta que faz uma tarde na praia. Uma manhã de confidências trocadas com a amiga que não te julga NUNCA, mesmo quando você erra feio. A amiga que te põe pra cima, porque te conhece mais que você mesma.

  E é nessas encruzilhadas da vida que agente cresce, e vira gente grande de verdade. É pra ser forte mesmo! É para ver que o fundo do poço é apenas uma ilusão de óptica. Não sou tão forte assim. E ninguém consegue ver isso. Porque eu sempre fui a corajosa, que enfrenta tudo de peito aberto, que não foge da luta. É aí que mora o erro, não há quem possa ver quando enfraqueço. Quando esmoreço e perco a vontade de lutar. Nessas horas, em que encontro-me sem forças para pedir ajuda, não há quem veja e socorra. E foi preciso estar só por completo para que eu pudesse enxegar o que verdadeiramente me faz alguém melhor. Às vezes ficamos surdos diante do óbvio. Porque torna-se mais fácil encontrar soluções complexas do que admitir aquilo que está na sua frente. É difícil torcer o braço e dizer que fomos estúpidos. Oh, orgulho... Ah, solidão inútil... Se não fosse tão complicado de explicar... Se fosse mais simples viver...