domingo, 30 de dezembro de 2012

Minha verdade sobre o amor



  • Por que procurar no outro à ti mesmo?
    Deveriamos procurar o complemento.
    É tudo encaixe, literalmente. É tão lógico!
    Se você continua procurando no outro você mesmo, acabará findo só.
    Porque nunca vai achar alguém igual à você.
     A outra pessoa, por diversas vezes, pode até fingir gostar das mesmas coisas q você ou tolerar as coisas das quais você gosta. Pra te agradar, pra te ver feliz... Porque quem gosta mesmo acaba agindo assim. Num primeiro momento. Mas, um dia a mascará cai. E acaba tudo em discussão, brigas terríveis.
     Quando decidimos dizer q amamos alguém, antes disso temos de pensar bem. Não no coração acelerado, na beleza daquela criatura, no bem que ela te faz, no tesão que você tem por ela... E, sim, se você gosta dela! DELA! Da pessoa dela.
    Se você gosta quando ela acorda e fica mal humorada por uns minutos.
    Se ela te faz rir e o jeito que ela te faz rir é único no mundo.
    Se o jeito como você briga com ela por uma besteirinha, não te incomoda ao ponto de querer terminar.
    Se o silêncio lado a lado é gostoso de estar.
    Se tudo isso, e todo o resto, te faz bem e não te causa incomodo algum, aí você diz um sonoro "eu te amo".
  • Essa é a verdade dos fatos: as pessoas se enganam. Fingem q está tudo bem, relevam demais e depois chamam de amor.
    Aí, quando o amor vem elas não sabem mais o que ele é.
    Sabe, eu já procurei.
    Já achei que havia encontrado.
    Já dei com os burros n'agua.
    Já me enganei umas trezentas vezes.
    Mentira! Foi beeeem menos que isso. Contudo, doeu tanto quanto.
    E a verdade, é que só depois de uma certa idade, de muito chão, e de várias surras da vida é que tomamos consciência disso; do que realmente precisamos. Na realidade, o amor mesmo é sinônimo de paz.
    É ter alegria, extâse, felicidade sem fronteiras, tesão, loucura mas, tudo numa medidinha que cabe na palma da mão. A palma das mãos de quem retem essa felicidade.
    E é algo tão precioso para sair distribuindo por aí, que a gente confunde e acaba desperdiçando.
    Aí, o coração vai ficando rígido, casca grossa, cansado...um dia...morremos de enfarto.
    Não por não ter amado.
    Mas, por amar do jeito errado. Sim, existe jeito errado de amar. O jeito fútil e intolerável de usar o amor.


    Muito amor, amor de verdade, à todos em 2013!



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Encruzilhadas da Vida

Eu nunca (nunca mesmo!) imaginei estar em determinadas situações.Sempre tive (quase) tudo ao meu alcance. Sempre foi fácil e seguro viver. Eu sempre tive o domínio do próximo passo. Agora, olhar para frente e não encontrar respostas exatas não me deixa apenas insegura, sinto-me completamente perdida. Há momentos em que não me reconheço no espelho. As frases que já disse à outrem num passado recente não fazem mais sentido., e não se aplicam nessas circunstâncias.

 O que mais falta é o controle da situação. Mais que isso... Sinto falta mesmo é de ter paz. De colocar a cabeça no travesseiro e não ter preocupações tão pesadas de se carregar. Não sei como consigo dormir. Se é que se pode chamar de sono o que venho "usufluindo". Se fossem problemas alheios... Ou se dependesse de mim... Tão mais fácil era ser criança e ter mãe e pai para resolver tudo. Bem sei que essa é mais uma daquelas lições essenciais que estou aprendendo. Contudo, não dava pra deixar ao menos meu sono em paz? Qual é?! Ele é o que mais amo em mim! AMO, amo, amo dormir! Não fui feita para pesadelos. E logo agora que tenho tantas obrigações...

 Se fosse falta de grana... Sou bonita, tenho boa aparência, inteligente, culta, simpática e com um poder de persuassão de fazer inveja. Emprego não é difícil de conseguir. Ainda mais com o natal batendo a porta. Falta faz é ter colo! Ah, o colo dos amigos... O ombro de quem ama de verdade. O olhar apaziguador de quem só deseja o bem. A falta que faz uma tarde na praia. Uma manhã de confidências trocadas com a amiga que não te julga NUNCA, mesmo quando você erra feio. A amiga que te põe pra cima, porque te conhece mais que você mesma.

  E é nessas encruzilhadas da vida que agente cresce, e vira gente grande de verdade. É pra ser forte mesmo! É para ver que o fundo do poço é apenas uma ilusão de óptica. Não sou tão forte assim. E ninguém consegue ver isso. Porque eu sempre fui a corajosa, que enfrenta tudo de peito aberto, que não foge da luta. É aí que mora o erro, não há quem possa ver quando enfraqueço. Quando esmoreço e perco a vontade de lutar. Nessas horas, em que encontro-me sem forças para pedir ajuda, não há quem veja e socorra. E foi preciso estar só por completo para que eu pudesse enxegar o que verdadeiramente me faz alguém melhor. Às vezes ficamos surdos diante do óbvio. Porque torna-se mais fácil encontrar soluções complexas do que admitir aquilo que está na sua frente. É difícil torcer o braço e dizer que fomos estúpidos. Oh, orgulho... Ah, solidão inútil... Se não fosse tão complicado de explicar... Se fosse mais simples viver...



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

De repente vinte...e seis!



Desde os últimos anos da minha adolescência, eu venho repetindo a mesma ladainha: “Não me sinto com essa idade!”.  Não eram aqueles anos do RG que eu via refletidos no espelho. E isso, sempre foi um pouco confuso. Sempre quis prolongar um pouco mais meus “vinte e poucos anos”.  Jurei para mim mesma que ao chegar aos vinte e cinco ficaria estagnada nesta idade até os trinta. Afinal, ninguém acredita que eu tenha mais do que vinte! Por que forçá-los a acreditar?!
 E, finalmente, a hora chegou! Hoje, enquanto procurava a melhor vela para enfeitar meu bolo de 26 anos, me peguei refletindo sobre isso. Sobre como eu me sentia agora, com vinte e tantos anos. Vivi tanta coisa na adolescência. Não foi uma época tão bacana assim. Quem me conhece sabe que eu tive de parar um pouco no tempo. E foi por não ter vivido aqueles anos que me desencontrei por outros tantos.
 Eu tive de ser a adulta de mim mesma. Tive que me responsabilizar pelo bem estar, pela felicidade, pela saúde psíquica de mim! E como uma quase mulher faz isso? Esconde-se dentro de si. Esconde-se através de seus ídolos, seus shows, seu teatro, sua poesia, seus amores e seu próprio reflexo. Porque é bem mais fácil ser menina do que ser mulher. Eu fui deixando o barco fluir. Só que ele fluía por um rio às avessas. Que ao invés de levar-me para o mar, levou-me para um lago, muito sereno. Sereno demais!
Eu cansei da mesmice. Cansei de não ter exatamente o que eu queria. Cansei de cuidar de mim. E fui cuidar do mundo! Fui cuidar de crescer. Amadureci mais do que achei que alguém fosse capaz. Vivenciei mudanças tão intensas. Mudei de opinião sobre (quase) tudo. O que não mudou foi o essencial. Aquilo de que somos feitos. Que vem conosco do útero: o caráter, a dignidade, os princípios. Estes ainda são os mesmos. Mas, a forma de ver o mundo, as pessoas, de sentir, de agir e até de querer, mudaram.
 Não sou mais a mesma! Me sinto excelente!
Apesar deste corpo e deste rosto enganarem o espelho, hoje eu me vejo com vinte e seis anos. Não me arrependo de NADA! Nada mesmo! Faria TUDO de novo. Porque valeu a pena. Não tem essa de “deu certo” ou “deu errado”. Foi do jeito que tinha de ser. Foi ótimo! E olha que esse foi só o começo!


domingo, 23 de setembro de 2012

Meu espelho alheio

  Não adianta. Por mais que você tente é impossível saber exatamente o que o seu semelhante sente. Podemos passar horas, dias, anos tentando. Nunca vou saber por que fulano agiu desse ou daquele modo. Do mesmo jeito, ninguém sentirá como eu sinto. Não há quem possa descrever tudo que se passa em minha mente, em meu coração. Posso até parecer insensível diante dos olhos de outrem, por não compadecer-me de seus sentimentos. Sou eu, e não você.

   Cada coisa que eu conquistei, cada lágrima que derramei, são minha vida! Você, ainda que seja intímo, não tem a capacidade de entender meu mundo. De saber porque desisti, porque continuei. O meu chão e o meu céu são meus e de ninguém mais.

  Da mesma forma que tenho o direito de dividir, tenho de me calar. Somos todos livres para tal. O que me deixa pouco à vontade é ver o quanto isso é crucial em algumas relações. Existem aqueles que não aceitam muito bem a discrição. Se eu me calo não é por falta de confiança. Neste momento, talvez eu apenas queira dividir comigo mesma meus sentimentos, pensamentos, meu "achar". Cabe a quem me quer bem repeitar minha individualidade. Não tente se impor. Forçar uma presença não irá  fazer-me mais feliz.

  Meu mundo. Meus sentimentos. Meu espaço.
"...sou minha, só minha e não de quem quiser..."

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Vida de Adulto

  E quem disse que ser adulto seria fácil?!
Passamos parte da infância sonhando com isso. Ser grande parece algo tão bom! Ir aonde quisermos, termos tudo que pudermos comprar. Brincamos de casinha, de polícia e ladrão, de arquiteto (eu sou dessa época!), de tudo que nos arremete a ter independência. E quando ela nos bate a porta isso parece tão assustador. Vem o frio na barriga, as responsabilidades, a solidão...
 Tem os que voltam pro colo da mamãe, tem os que nunca saíram de lá. É uma liberdade tão gostosa de experimentar! Finalmente, ser livre! Mas, era mesmo uma "prisão" onde eu vivia? Era "estar preso" o que os meus pais faziam comigo? Ou era apenas um jeito de me preparar para o que viria?!

 Eu resolvi arriscar todas as fichas.
Sai de casa ( no meu conceito, um pouco tarde). Contava os minutos para mandar no meu nariz. Não dever mais satisfações do meu ir e vir. Tudo parecia perfeito! Tudo muito bem planejado, é lógico! Sentir falta? Do quê? De não baladar por aí a hora que eu quisesse? De arrumar o meu quarto o tempo todo? De alguém pra contar os palmos da minha saia/vestido? Não. Imagina, se eu sentiria falta disso...
Sentir falta de comida quentinha na mesa esperando-me na volta do trabalho/faculdade. Sentir falta de um beijinho carinhoso e do questionamento sincero sobre meu dia. Sentir falta da minha sobremesa preferida. Do almoço delicioso e caprichadíssimo de domingo. Sentir falta de ter quem faça o que eu não tô afim de fazer. Dos conselhos que são realmente pro meu bem. Quem sentiria falta de qualquer dessas coisas?... Eu!

  Ser adulto é tão bom! Eu adoro ter todos esses benefícios. Porém, arcar com tudo não é fácil. E, às vezes, dá mesmo vontade de desistir. A vida (quase) toda eu critiquei quem deixava seus sonhos pelo caminho. Olhei feio, critiquei duramente, mas, também levantei a moral, apoiei, e repreendi as auto criticas nada construtivas. E agora, me vejo aqui, tão só e repleta dessas mesmas criticas. Não me envergonho de já ter pensando algumas vezes em desistir.

  Seguir em frente é mesmo para os fortes. Para aqueles que querem ser livres. Não livres das asas de seus pais. Não livres de todas as responsabilidades. Livres de todos os conceitos mal formados. Livres desse medo de ser independente. Livres do medo de não ter os pais por perto nunca mais. Porque, querendo ou não, pensamos nisso. "E se, quando eu for visitar, a mãe estiver doente?", "E se o pai acidentar-se?", "O que eu vou fazer sem eles?". Somos tão pequeninos. Somos tão jovens! E é essa falta de experiência, que nos causa dor e medo, que nos faz mais forte. Porque criamos um caminho. Traçamos algo tão nosso. Um destino que ninguém mais fará igual. Sem medos. Sem censuras. O que está por vir valerá muito a pena. Eu garanto!



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Vaidade não é tão ruim!

 Quando eu era criança minha mãe abominava algumas "frescuras" de outras mães de nosso convívio. Para começar, ela nunca furou minhas orelhas. Dizia que havia feito uma promessa, e que eu deveria me conformar. "Afinal, pra quê criança com brincos?!", dizia.
 Tempos depois brincava com as outras crianças de "pintar as unhas". Lembro que uma das vizinhas pintava as minhas unhas com um tom de rosa tão claro que, se eu fosse mais corada,  seria confundido com o tom da minha pele. Mas, a minha mãe percebia. E não gostava nadinha. De tanto dar-me bronca, abre mão da brincadeira.
 Então, chegou a puberdade. Cedo. Bem mais cedo do que minha mãe gostaria...

  Depois de me levar ao médico, para tomar ciência das "coisas da vida"., ela comprou meu primeiro batom. Eu tinha dez anos. Ele tinha a cor da minha boca. Quase dois anos depois, passou a me deixar pintar as unhas. E eu fui à forra! Nos dois anos seguintes usei todas as cores de esmalte que vocês consigam imaginar. Exceto (claro!) as cores proibidas: preto, vermelho e seus derivados mais escuros.
 Contudo, eu não me maquiava, não comprava roupas novas a cada estação, não frequentava o salão de beleza, nem nada do tipo. Era tudo vaidade. E vaidade era um senhor pecado!

 Assim passaram-se os anos. E eis que já me encontrava com dezoito anos. Dezoito anos e nenhuma maquiagem! Pasmem! É...isso é mesmo estranho. Ainda na adolescência, com uns 13 anos, tentei usar rímel. Só pra ver como era. Tive reação alérgica aos cinco produtos de marcas diferentes que comprei (escondido).
 Na época, eu trabalhava como assistente de produção de um programa local. O diretor um dia me questionou a cara limpa. E comecei a usar rímel incolor, pó compacto e alguns batons mais "coloridos".

 Eu nunca fui "bicho do mato". Mas, eu não tinha esse instinto de me ver como um troféu da beleza. Não tinha necessidade alguma de ser observada, admirada. Tudo por que eu mesma não via nada em mim que pudesse ser admirado. Me considerava um verdadeiro patinho feio. Outro dia, olhando fotos daquele período, eu vejo que não era assim. Muito pelo contrário! Não era uma miss. Mas, tinha atributos. Uma pele tão lisa, tão limpa que parecia vinda de um comercial. Não lembro de ter tido espinhas naquela época. Nenhuma! Tomava sol esporadicamente. A alimentação era saudável. Tudo propício para ter aquela beleza natural. Que nem eu mesma podia ver. Era tímida, tinha poucos amigos, e uma mãe que cuidava de mim à rédeas bem curtas.

  O estalo veio anos depois. Na maturidade, com a obrigação de trabalhar bem vestida, maquiada. Foi quando comecei a gastar mais tempo na frente do espelho cuidando dos detalhes daquele rosto, que comecei a observar a beleza dele. Foi ali que comecei a me admirar.

  Quem frequenta este blog ou me conhece, sabe que minha vaidade teve mais motivos para ficar aprisionada durante tanto tempo. Hoje não quero mencioná-los. O importante, e essa é a mensagem, é ver-se como você quer! Não importa se você adora preto, tons escuros e quer andar por aí como quem está de luto o tempo todo. Você gosta? Sente-se bem? Então, que se dane o resto do mundo! 


 Eu amo me cuidar! Amo fazer compras! Amo me ver linda a frente do espelho! E não preciso que ninguém diga isso para que me sinta assim, tão de bem comigo mesma.Porque me visto, me arrumo, me cuido única e exclusivamente para mim. Porque já passei tempo suficiente dentro do casulo. Porque “o essencial é invisível aos olhos” mas, o que vejo no espelho me agrada muito, centímetro por centímetro.

sábado, 1 de setembro de 2012

Ressurgir

Quando abri os olhos já não sentia o mesmo de antes...
Ficou uma coisa na boca, parecia saudades...mas, era veneno!
E o ar pareceu pesado em minhas narinas.
O pulmão estufado buscava a suave brisa.

 Quando abri os olhos faltava algo...
Talvez um peso,
Um aperto no peito,
Faltava uma saudade.
Uma saudade do que nunca tive ao seu lado.

A tarde chegou.
A noite passou serena.
A madrugada brindou o céu com uma lua explêndida.
Foi para lembrar-me que era mais um começo.

E recomeçar sem você...
Ah! Eu descobri ser tão mais fácil viver.







PS: Texto dedicado à minha querida amiga Ilse e seu blog Mulher Com Pimenta.

domingo, 26 de agosto de 2012

Vergonha Alheia - Parte I

  Hoje resolvi mudar as coisas por aqui.
Me deu uma vontade surreal de falar (e muito!), sobre as minhas opniões mais sinceras.

 Por que devemos guardar algumas opniões um pouco ácidas?
Apenas porque isso pode afetar o "mundinho perfeito" de certas pessoas?!
Por que eu deveria deixar de "vomitar" meus mais sinceros sentimentos?
Você não vale nada mesmo!
Sua estupidez não me comove.
Estou absolutamente cansada de vidas fúteis.
Certas pessoas não cansam de serem falsas consigo mesmas.

 "Mentir para si mesmo é sempre a pior mentira", já dizia Renato Russo.
Sempre reflito sobre meus sentimentos mais profundos e os mais banais também. Confesso, tenho medo de mentir para mim mesma. Tenho pavor de me iludir dessa forma. A dor de uma decepção que é causada por você, que no fundo é de sua mais profunda responsabilidade, dói de forma tão dilacerante que não deveria ser permitido a um peito humano sentir algo assim.

 E nunca renegaria meu passado! Apesar de alguns fatos sobre ele serem capazes de deixar-me desconcertada.
Passado não é vergonhoso. Vergonhoso é temer o futuro à só, de uma maneira tão lastimável...
Você, para quem eu escrevi meu post de hoje, sabe muito  bem do que eu estou falando.


  

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Labirinto





O labirinto passa-se assim
Contorcendo sorrisos
Distorcendo o olhar
Arrastando passos
Braços cansados
Cabeça a girar


Luzes difusas
Premissa solidão


Pontos fortes
Olhos negros
Dois segundos
Sem desprezo
E a morte a rondar


Silêncio


Um breve entrelaçar de dedos...
E o mundo explodiu!