domingo, 23 de setembro de 2012

Meu espelho alheio

  Não adianta. Por mais que você tente é impossível saber exatamente o que o seu semelhante sente. Podemos passar horas, dias, anos tentando. Nunca vou saber por que fulano agiu desse ou daquele modo. Do mesmo jeito, ninguém sentirá como eu sinto. Não há quem possa descrever tudo que se passa em minha mente, em meu coração. Posso até parecer insensível diante dos olhos de outrem, por não compadecer-me de seus sentimentos. Sou eu, e não você.

   Cada coisa que eu conquistei, cada lágrima que derramei, são minha vida! Você, ainda que seja intímo, não tem a capacidade de entender meu mundo. De saber porque desisti, porque continuei. O meu chão e o meu céu são meus e de ninguém mais.

  Da mesma forma que tenho o direito de dividir, tenho de me calar. Somos todos livres para tal. O que me deixa pouco à vontade é ver o quanto isso é crucial em algumas relações. Existem aqueles que não aceitam muito bem a discrição. Se eu me calo não é por falta de confiança. Neste momento, talvez eu apenas queira dividir comigo mesma meus sentimentos, pensamentos, meu "achar". Cabe a quem me quer bem repeitar minha individualidade. Não tente se impor. Forçar uma presença não irá  fazer-me mais feliz.

  Meu mundo. Meus sentimentos. Meu espaço.
"...sou minha, só minha e não de quem quiser..."

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