segunda-feira, 24 de setembro de 2012

De repente vinte...e seis!



Desde os últimos anos da minha adolescência, eu venho repetindo a mesma ladainha: “Não me sinto com essa idade!”.  Não eram aqueles anos do RG que eu via refletidos no espelho. E isso, sempre foi um pouco confuso. Sempre quis prolongar um pouco mais meus “vinte e poucos anos”.  Jurei para mim mesma que ao chegar aos vinte e cinco ficaria estagnada nesta idade até os trinta. Afinal, ninguém acredita que eu tenha mais do que vinte! Por que forçá-los a acreditar?!
 E, finalmente, a hora chegou! Hoje, enquanto procurava a melhor vela para enfeitar meu bolo de 26 anos, me peguei refletindo sobre isso. Sobre como eu me sentia agora, com vinte e tantos anos. Vivi tanta coisa na adolescência. Não foi uma época tão bacana assim. Quem me conhece sabe que eu tive de parar um pouco no tempo. E foi por não ter vivido aqueles anos que me desencontrei por outros tantos.
 Eu tive de ser a adulta de mim mesma. Tive que me responsabilizar pelo bem estar, pela felicidade, pela saúde psíquica de mim! E como uma quase mulher faz isso? Esconde-se dentro de si. Esconde-se através de seus ídolos, seus shows, seu teatro, sua poesia, seus amores e seu próprio reflexo. Porque é bem mais fácil ser menina do que ser mulher. Eu fui deixando o barco fluir. Só que ele fluía por um rio às avessas. Que ao invés de levar-me para o mar, levou-me para um lago, muito sereno. Sereno demais!
Eu cansei da mesmice. Cansei de não ter exatamente o que eu queria. Cansei de cuidar de mim. E fui cuidar do mundo! Fui cuidar de crescer. Amadureci mais do que achei que alguém fosse capaz. Vivenciei mudanças tão intensas. Mudei de opinião sobre (quase) tudo. O que não mudou foi o essencial. Aquilo de que somos feitos. Que vem conosco do útero: o caráter, a dignidade, os princípios. Estes ainda são os mesmos. Mas, a forma de ver o mundo, as pessoas, de sentir, de agir e até de querer, mudaram.
 Não sou mais a mesma! Me sinto excelente!
Apesar deste corpo e deste rosto enganarem o espelho, hoje eu me vejo com vinte e seis anos. Não me arrependo de NADA! Nada mesmo! Faria TUDO de novo. Porque valeu a pena. Não tem essa de “deu certo” ou “deu errado”. Foi do jeito que tinha de ser. Foi ótimo! E olha que esse foi só o começo!


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