terça-feira, 20 de novembro de 2012

Encruzilhadas da Vida

Eu nunca (nunca mesmo!) imaginei estar em determinadas situações.Sempre tive (quase) tudo ao meu alcance. Sempre foi fácil e seguro viver. Eu sempre tive o domínio do próximo passo. Agora, olhar para frente e não encontrar respostas exatas não me deixa apenas insegura, sinto-me completamente perdida. Há momentos em que não me reconheço no espelho. As frases que já disse à outrem num passado recente não fazem mais sentido., e não se aplicam nessas circunstâncias.

 O que mais falta é o controle da situação. Mais que isso... Sinto falta mesmo é de ter paz. De colocar a cabeça no travesseiro e não ter preocupações tão pesadas de se carregar. Não sei como consigo dormir. Se é que se pode chamar de sono o que venho "usufluindo". Se fossem problemas alheios... Ou se dependesse de mim... Tão mais fácil era ser criança e ter mãe e pai para resolver tudo. Bem sei que essa é mais uma daquelas lições essenciais que estou aprendendo. Contudo, não dava pra deixar ao menos meu sono em paz? Qual é?! Ele é o que mais amo em mim! AMO, amo, amo dormir! Não fui feita para pesadelos. E logo agora que tenho tantas obrigações...

 Se fosse falta de grana... Sou bonita, tenho boa aparência, inteligente, culta, simpática e com um poder de persuassão de fazer inveja. Emprego não é difícil de conseguir. Ainda mais com o natal batendo a porta. Falta faz é ter colo! Ah, o colo dos amigos... O ombro de quem ama de verdade. O olhar apaziguador de quem só deseja o bem. A falta que faz uma tarde na praia. Uma manhã de confidências trocadas com a amiga que não te julga NUNCA, mesmo quando você erra feio. A amiga que te põe pra cima, porque te conhece mais que você mesma.

  E é nessas encruzilhadas da vida que agente cresce, e vira gente grande de verdade. É pra ser forte mesmo! É para ver que o fundo do poço é apenas uma ilusão de óptica. Não sou tão forte assim. E ninguém consegue ver isso. Porque eu sempre fui a corajosa, que enfrenta tudo de peito aberto, que não foge da luta. É aí que mora o erro, não há quem possa ver quando enfraqueço. Quando esmoreço e perco a vontade de lutar. Nessas horas, em que encontro-me sem forças para pedir ajuda, não há quem veja e socorra. E foi preciso estar só por completo para que eu pudesse enxegar o que verdadeiramente me faz alguém melhor. Às vezes ficamos surdos diante do óbvio. Porque torna-se mais fácil encontrar soluções complexas do que admitir aquilo que está na sua frente. É difícil torcer o braço e dizer que fomos estúpidos. Oh, orgulho... Ah, solidão inútil... Se não fosse tão complicado de explicar... Se fosse mais simples viver...



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