domingo, 21 de agosto de 2011

Destino, oportunidades e coragem

  Estou no Rio. Está frio. E minha vida está apenas começando...


  Amanhã começa a faculdade. Que passo, meu Deus!, que trampolim enorme é esse?! Uma guinada e tanto na vida de uma menina. Eu ainda me considero assim. Engraçado, nessas horas sinto como se eu voltasse a ter apenas 19 anos (época em que prestei vestibular e não passei!). Ainda me questiono que tipo de sensações eu sentirei. Agora não consigo dizer exatamente o que sinto... Não estou ansiosa. Muito menos nervosa. Me preocupo mais em conseguir assistir todas as aulas essa semana, já que as coisas no trampo estão se acertando ainda. 
  Destino: quase imprevisível.
  Quase porque a única coisa da qual tenho certeza é que nos primeiros minutos estarei muito tímida. Fico sem jeito diante de desconhecidos. Contudo, na primeira questão da qual saberei a resposta, feita pelo professor, irei me soltar. Sempre me sinto confortável demonstrando conhecimento e inteligência.
  
  Tenho aquela sensação crua de responsabilidade nas mãos. Nunca senti isso tão forte como nesse último mês. Finalmente sou dona do meu nariz. E não tenho medo disso!
Não tenho medo de morar praticamente sozinha em uma cidade desconhecida, com poucos amigos por perto, em um emprego novo. Não tenho medo de nada! Não temo o desconhecido! Sou feliz por ter oportunidades. Deus dá oportunidades para quem tem competência de aproveitá-las bem.Mas, também as dá para quem não tem. Pois, estes tem o direito de poder crescer com elas.


  Não me considero uma pessoa verdadeiramente corajosa. A Célia, dona do apê onde moro, diz que sou. Que é preciso ter coragem pra fazer tudo que fiz. Tá bom, sair de casa da noite pro dia, do conforto do lar da mamãe, não é pra qualquer um. Todavia, eu não me considero um tipo de heroína. Eu apenas soube agarrar minha chance. E olha que antes disso eu já havia aberto mão de algumas que tive...
   Abri mão de meu destino certo algumas vezes e dei como desculpa amor pela minha madrinha, pela minha mãe e por um pseudo noivo.
 Na verdade, eu fugi! Fugi do desconhecido, da cidade grande e suas armadilhas para garotas ingênuas e inexperientes, fugi da felicidade, da solidão, das novas experiências, de me sentir jovem como eu sou. Porque eu tenho 24 anos e não 77. Não preciso viver no mundo da minha mãe, apenas por ele parecer mais confortável do que me arriscar a ser feliz. O medo não era apenas de tudo dar errado, era de não ser plenamente feliz! E assim, a felicidade me foi escapando. E só quando eu me vi perto da depressão de novo., perto da infelicidade que não me pertencia, eu tive força de vontade suficiente para levantar e agarrar meu destino; antes que ele pudesse me dar às costas de uma vez por todas! E, meus amigos, eu posso jurar, que ser feliz as próprias custas é uma das melhores coisas que Deus nos deu. 
 Ninguém pode ser feliz sozinho: FATO. Contudo, ser feliz por conquistar o que você merece ter, o que você suou por anos e anos para obter, o que você sempre soube que merecia, é extasiante.


  Eu não sei o que me espera, porque estou construindo meu destino todos os dias. O que posso dizer é que estou satisfeita com o que vem acontecendo em minha vida, que sou grata por tudo e que farei por merecer. 
  Cada erro que cometi, cada lágrima de dor ou receio que derramei, cada tropeço, cada coisinha ruim que me fez sofrer e questionar meu "futuro incerto", me fez uma pessoa melhor e mais digna de tudo que estou vivendo.



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