domingo, 27 de março de 2011

Solitária

Ninguém sabe quando eu choro
Ninguém sabe por quê chorei
Ninguém sabe quando me mudo ou por quê me calo
Ninguém sabe onde errei

Sabem apenas do luar que se fez em meu coração
Da sombra que me acompanha
E do porque de eu não pedir perdão

Sabem quem me toca
E as mudanças pela horta
E da vil escuridão

Ninguém me viu nascer e morrer dentro de ti
Ninguém viu meu desflorar,
Meu murchar., minha flor sem jardim

Ninguém me viu só e com medo do futuro que não veio
Ninguém viu teu pôr-do-sol
Ninguém perguntou por aqueles anseios

E cá estou,
Nesta manhã chuvosa de outono
À sombra de um carvalho morto
Nas páginas do livro te ouço absorto naquela multidão
Passas por mim, em todos os meus dias
Ainda és poesia
E ainda jaz em mim!

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