quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mulher de Verdade

  Sou mulher de verdade. Gosto de fazer compras, de receber bons presentes, de fofocar com as amigas, de bater perna em shopping, de chorar até arder os olhos após um término e no dia seguinte fingir que nada aconteceu. Gosto de andar arrumada e perfumada. De olhar no espelho e achar que nenhuma outra será mais linda do que eu na balada. Adoro comprar uma biju mal folheada e fingir que é joia de verdade. 
 Sou mulher de TPM da braba. Daquelas que te fazem quase (literalmente) matar alguém. Mas, que se reprime pra não magoar quem ama. Que só percebe que tá nessa fase depois de bater o carro, comer uma caixa inteirinha de chocolates e/ou comprar um vestido caro, que eu sei que nunca vou usar.
 Sou mulher de dizer que amo, sem perceber. De gostar de dormir de conchinha. Fazer as unhas só pra arranhar. Beijar na boca sem medo de se entregar.  De fazer jantar romântico... mentira! Eu não sei cozinhar! Mas, e daí?! Sou menos mulher por causa disso?!
 Sou mulher elegante, daquelas que reclama "sem reclamar". Que dá colo, que sabe apoiar. E que se enche o saco não pensa duas vezes em te "abandonar". Mulher que nunca desce do salto por causa de piriguete. Mesmo que por dentro queira enfiar um garfo no olho dela. Daquelas que se cala e nem pergunta quem era. Mas, que dá um jeito de descobrir e saciar sua curiosidade. Do tipo que te chama de "amor" e "benzinho". E que nunca te dará a liberdade de traçar meu destino, escolher com quem eu saio ou opinar sobre o tamanho do meu vestido.
  Sou mulher que mal entende de futebol. Que torce pra um time de cada estado. Que gosta de balada, de pagode, de rock e sertanejo, só que cada coisa em seu momento. Sou mulher que não tem medo de engordar mas, que conta as calorias quando acha que tá inchada. Porque mulher de verdade nunca é gorda, é avantajada, tem protuberâncias, carne pra pegar. Sou mulher que não toma porre e não fuma. Que aprecia um bom vinho. Que gosta de vodka, adora uma tequila e sabe que coca-cola e run montilla tem lá a sua graça. Não gosto de cerveja, nem sequer do cheiro da cevada, e não sou menos divertida ou engraçada. Não proíbo ninguém de sair e de farrar, muito menos de beber até cair. Se você vai ter dor de cabeça e vomitar o problema é seu. Eu que não quero estar no seu lugar.
  Sou mulher que admira o homem que tem. Que sabe apreciar o bom da espécime. E que gosta de variar. De conhecer gente nova. De se dar bem com seus amigos. E que se é antipática com sua ex, não é nada com ela, querido. É pelo simples fato dela existir. Liga não, mulher é mesmo assim.
É bicho estranho, diferente e tão difícil de definir.
  Mulher é adorável, detestável. Nunca sabe o que quer. Eu só sei de uma coisa: com erros e defeitos, com maculações e um quê de divindade, eu amo ser mulher, assim, do MEU jeito!

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